O Inter entra em campo a ganhar 3-1, mas pode não chegar.
Coirato em directo, às 19:45.
16 comentários:
Coirato
disse...
Este deve ser para Mourinho o jogo do ano, quase uma final antecipada da Champions. O Bayern apurou-se ontem, mas a equipa bávara, por mais atléticos que sejam os seus jogadores, não atinge o nível do Barcelona. O árbitro é o senhor Bleeckere, da Bélgica. Vai começar o jogo. Saiu o Barça.
O Barça tem de marcar pelo menos dois golos, o que não é fácil a uma equipa italiana, como o Inter. Mourinho está de pé, a estudar a estratégia do Barça que Guardiola preparou para este jogo. O Inter está de branco e o Barça com o equipamento habitual blaugrana.
A bola anda quase sempre pelos pés do gadores da equipa catalã, o que de resto já aconteceu em Milão. O primeiro amarelo saiu para Motta, aos 10'. Do livre nada resultou.
A defesa do Inter é uma muralha de dez jogadores. Só Milito não tem tarefa defensiva, mantendo-se no meio campo do Barça. É um jogo de paciência para os catalães, espreitando uma brecha. Para os milaneses é um cerrar de dentes à defesa, com transições rápidas para o contra-ataque. É que se o Inter consegue marcar um golo, a eliminatória deve ficar arrumada.
É claro que é um jogo muito chato, pouco espectacular. Mourinho não está em Barcelona para abrilhantar espectáculos circenses. Pedro leva amarelo aos 27', por travar em falta um contra-ataque de Eto'o. Aos 28' Thiago Motta é expulso com o segundo amarelo, numa decisão algo forçada, que favorece, e de que maneira, o Barcelona.
A expulsão espevitou o jogo. Messi, nas suas deslocações no limite da área já consegui um bom remate que levava o selo de golo. O elástico Júlio César chegou lá e evitou que a bola entrasse. O guardião brasileiro leva amarelo aos 35', por demoras excessivas. Na verdade o tempo corre a favor do Inter.
O jogo é uma autêntica seca, em que Mourinho tenta secar o Barcelona. Mas os jogadores do Inter terão de ter muito cuidado com o árbitro, que parece vir formatado para contrabalançar o trabalho de Benquerença em Milão. Metade do jogo já lá vai. Intervalo.
Guardiola deve estar a industriar os seus jogadores no plano B, já que o plano A não resultou. Agora com um jogador a mais, é o momento do assalto final. Claro que Mourinho também deve estar a fazer reajustamentos, face à nova realidade de um jogador a menos, mas também o facto de só faltarem 45'. Recomeçou o jogo.
Para grandes males grandes remédios. Com menos um médio, Mourinho fez recuar Milito. Está tudo à defesa. Só Sneijder esboça por vezes o ataque pelo meio, ele que é muito rápido. Mas é o Barça que continua quase sempre com a bola, em sucessivos passes e mudanças de flanco pouco menos que estéreis.
O árbitro, se quisesse forçar a tecla, já poderia ter embarcado nalgumas simulações de penalty feitas por Ibra. Honestamente manda-o levantar sem marcar nada. Há uns encostos de Lúcio, é certo, mas o contacto físico é permitido em futebol.
Muito disciplinada a defesa de Mourinho, com entreajudas permanentes, vão quase sempre dois ao adversário. É uma pena mas conseguem estirilizar uma equipa fantástica como é o Barcelona. Os catalães já começam a rematar de longe, pois entrar na área milanesa com eficácia, só por milagre.
Guardiola lá vai fazendo substituições, já as esgotou, metendo sangue novo, mas a muralha de Mourinho mantém-se inexpugnável. O português apenas substituiu Sneijder, completamente estoirado. Entrou Muntari, aos 67'.
É curioso como o jogo do Inter está reduzido a desarmar os adversários e interceptar os seus passes, para chutar para a frente, onde não têm ninguém. O Barça agarra a bola e anda com ela até ficar sem ela e a cena repete-se indefenidamente.
"indefinidamente" a corrigir no comentário anterior.
Mourinho está a dar uma lição a Guardiola. Segue-se Van Gaal, do Bayern. Faltam dez minutos, e pelo andar da carruagem, não se vê como o Barça possa fazer dois golos. Milito esgotado, é substituido aos 81'. Bojan aos 82' teve uma oportunidade flagrante de golo que desperdiçou, rematando de cabeça ao lado.
Golo do Barcelona, aos 84', por Piqué, que recebeu a bola em fora de jogo. Acontece. O terceiro do Inter em Milão também foi. Os últimos minutos estão impróprios para cardíacos. O Barça acredita. Basta-lhe um golo.
Momentos finais de grande tensão. 4' de compensação na corda bamba.Aos 92' o Barça ainda conseque marcar o segundo, mas depois do árbitro apitar. A bola tinha batido no braço de Keita e o golo foi anulado. Acabou o jogo. Mourinho fora de si corre pelo campo com os braços no ar. Valdés, o guarda-redes do Barça tenta impedi-lo, mas logo outros jogadores libertam Mourinho. Uma grande vitória. O maior treinador do mundo deu uma lição inesquecível, ainda que muito chata.
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Este deve ser para Mourinho o jogo do ano, quase uma final antecipada da Champions.
O Bayern apurou-se ontem, mas a equipa bávara, por mais atléticos que sejam os seus jogadores, não atinge o nível do Barcelona.
O árbitro é o senhor Bleeckere, da Bélgica.
Vai começar o jogo.
Saiu o Barça.
O Barça tem de marcar pelo menos dois golos, o que não é fácil a uma equipa italiana, como o Inter.
Mourinho está de pé, a estudar a estratégia do Barça que Guardiola preparou para este jogo.
O Inter está de branco e o Barça com o equipamento habitual blaugrana.
A bola anda quase sempre pelos pés do gadores da equipa catalã, o que de resto já aconteceu em Milão.
O primeiro amarelo saiu para Motta, aos 10'. Do livre nada resultou.
A defesa do Inter é uma muralha de dez jogadores. Só Milito não tem tarefa defensiva, mantendo-se no meio campo do Barça.
É um jogo de paciência para os catalães, espreitando uma brecha.
Para os milaneses é um cerrar de dentes à defesa, com transições rápidas para o contra-ataque. É que se o Inter consegue marcar um golo, a eliminatória deve ficar arrumada.
É claro que é um jogo muito chato, pouco espectacular. Mourinho não está em Barcelona para abrilhantar espectáculos circenses.
Pedro leva amarelo aos 27', por travar em falta um contra-ataque de Eto'o.
Aos 28' Thiago Motta é expulso com o segundo amarelo, numa decisão algo forçada, que favorece, e de que maneira, o Barcelona.
A expulsão espevitou o jogo.
Messi, nas suas deslocações no limite da área já consegui um bom remate que levava o selo de golo. O elástico Júlio César chegou lá e evitou que a bola entrasse.
O guardião brasileiro leva amarelo aos 35', por demoras excessivas.
Na verdade o tempo corre a favor do Inter.
O jogo é uma autêntica seca, em que Mourinho tenta secar o Barcelona.
Mas os jogadores do Inter terão de ter muito cuidado com o árbitro, que parece vir formatado para contrabalançar o trabalho de Benquerença em Milão.
Metade do jogo já lá vai.
Intervalo.
Guardiola deve estar a industriar os seus jogadores no plano B, já que o plano A não resultou. Agora com um jogador a mais, é o momento do assalto final.
Claro que Mourinho também deve estar a fazer reajustamentos, face à nova realidade de um jogador a menos, mas também o facto de só faltarem 45'.
Recomeçou o jogo.
Para grandes males grandes remédios. Com menos um médio, Mourinho fez recuar Milito. Está tudo à defesa. Só Sneijder esboça por vezes o ataque pelo meio, ele que é muito rápido.
Mas é o Barça que continua quase sempre com a bola, em sucessivos passes e mudanças de flanco pouco menos que estéreis.
O árbitro, se quisesse forçar a tecla, já poderia ter embarcado nalgumas simulações de penalty feitas por Ibra. Honestamente manda-o levantar sem marcar nada. Há uns encostos de Lúcio, é certo, mas o contacto físico é permitido em futebol.
Muito disciplinada a defesa de Mourinho, com entreajudas permanentes, vão quase sempre dois ao adversário. É uma pena mas conseguem estirilizar uma equipa fantástica como é o Barcelona.
Os catalães já começam a rematar de longe, pois entrar na área milanesa com eficácia, só por milagre.
Guardiola lá vai fazendo substituições, já as esgotou, metendo sangue novo, mas a muralha de Mourinho mantém-se inexpugnável. O português apenas substituiu Sneijder, completamente estoirado. Entrou Muntari, aos 67'.
É curioso como o jogo do Inter está reduzido a desarmar os adversários e interceptar os seus passes, para chutar para a frente, onde não têm ninguém. O Barça agarra a bola e anda com ela até ficar sem ela e a cena repete-se indefenidamente.
"indefinidamente" a corrigir no comentário anterior.
Mourinho está a dar uma lição a Guardiola. Segue-se Van Gaal, do Bayern.
Faltam dez minutos, e pelo andar da carruagem, não se vê como o Barça possa fazer dois golos.
Milito esgotado, é substituido aos 81'.
Bojan aos 82' teve uma oportunidade flagrante de golo que desperdiçou, rematando de cabeça ao lado.
Golo do Barcelona, aos 84', por Piqué, que recebeu a bola em fora de jogo. Acontece. O terceiro do Inter em Milão também foi.
Os últimos minutos estão impróprios para cardíacos.
O Barça acredita. Basta-lhe um golo.
Momentos finais de grande tensão.
4' de compensação na corda bamba.Aos 92' o Barça ainda conseque marcar o segundo, mas depois do árbitro apitar. A bola tinha batido no braço de Keita e o golo foi anulado.
Acabou o jogo.
Mourinho fora de si corre pelo campo com os braços no ar. Valdés, o guarda-redes do Barça tenta impedi-lo, mas logo outros jogadores libertam Mourinho.
Uma grande vitória.
O maior treinador do mundo deu uma lição inesquecível, ainda que muito chata.
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