Vitela Estufada com Natas Com lombo de vitela cortado em cubos pequenos, fizemos este prato, com alguns ingredientes do "Boeuf Bourguignon" mas mais dietético. Começa-se por pelar e alourar cebolinhas numa caçarola com um pouco de azeite. Bastantes cebolinhas. Trata-se de um prato em que prescindimos dos tradicionais acompanhamentos de batatas ou arroz, substituidos por cebolinhas e cogumelos, estes a adicionar mais tarde. Quando alouradas, junte às cebolinhas a carne em cubos e depois os temperos: sal, pimenta, paprika, salsa, coentros, louro e uma folha de hortelã. Rega-se com vinho branco e um pouco de água, tapa-se e deixa-se cozer em lume brando até a carne estar macia. Findo este tempo, que pode chegar a uma hora, adicionar cogumelos brancos inteiros e deixá-los cozinhar até reduzir o molho. Retira-se então todos os ingredientes sólidos para um prato aquecido e ao molho que ficou junta-se natas, aquecendo bem para reduzir à consistência desejada (corrija o sal), que vai regar a carne antes de ir à mesa. Enfeite com salsa. Acompanhei com uma salada e um tinto alentejano. Bom proveito. |
30.4.12
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Foto ZGarcia
28.4.12
27.4.12
O edil é um empata-fodas. A Escola da Fontinha estivera abandonada cinco anos, sendo então ocupada por moradores da zona e outras pessoas para um projecto cívico, onde se ensinava música, teatro, fotografia, línguas, xadrez, yoga, etc. Há cerca de uma semana, a polícia invadiu a escola e destruiu as instalações. A 25 de Abril, anteontem, o povo reocupou a Escola, com vivas e aplausos. |
25.4.12
24.4.12
23.4.12
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Foto ZGarcia
Bifanas de Porco Preto Em qualquer casa de pasto que se digne, encontra um bom prato de bifanas. Essencial é a boa matéria prima. Neste caso porco preto. Umas horas antes, ponha a marinar as bifanas em vinho, alho, louro, sal e piripiri. Escorra-as e leve-as a fritar ligeiramente em azeite, adicionando depois a marinada. Deixe apurar lentamente e sirva com batatas fritas. Um Reguengos é um bom companheiro para estas comidas de tasco. Bom proveito. |
22.4.12
20.4.12
18.4.12
16.4.12
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Foto ZGarcia
Salmonete ao Funcho O funcho é raramente utilizado na nossa cozinha tradicional, mas comum em França e Itália. Segundo a mitologia popular, foi através de um caule de funcho que o conhecimento dos deuses transitou para os homens. É um bolbo sem a agressividade da cebola, não faz chorar, tem um sabor mais suavemente adocicado e uma textura mais carnuda. Retire a camada exterior, tal como nas cebolas, corte o bolbo ao meio no sentido da vertical e escalde em água a ferver temperada de sal, durante três minutos. Entretanto num tacho largo, forre o fundo com fatias de bacon e disponha por cima o funcho escorrido e cortado, regue com um pouco de molho de tomate e caldo de galinha, pouco, e um cubo de manteiga. Tape e deixe em lume brando até o funcho ficar tenro. Enquanto isso, temperar o salmonete com sal e passar por farinha, levando-o a uma frigideira a alourar em azeite. Junte-o depois ao funcho no tacho, tape e deixe mais uns cinco minutos a estufar. À parte coza umas batatinhas. Acompanhámos com um esplêndido branco da Ermelinda. Bom proveito. |
15.4.12
14.4.12
12.4.12
11.4.12
10.4.12
8.4.12
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Foto ZGarcia
Cordeiro da Páscoa A carne do borrego deve ser rosada, quase branca, e não deve ser demasiado cozinhada, devendo apresentar no final essa cor. A parte escolhida foi a perna, preparada desde a véspera. Massaja-se com alho esmagado em azeite, temperado com sal, alecrim e manjerona. Começa-se por alourar a carne numa frigideira com azeite, levando em seguida ao forno, envolta em papel de estanho num tabuleiro. Ao fim de uns 20', abra o papel de estanho e deixe a carne tomar cor. Ao lado umas batatinhas para acompanhar. Entretanto, coza rapidamente um bolbo de funcho em água e sal, corte-o às rodelas e leve-as a alourar no azeite em que alourou o borrego. Adicione um pouco de sumo de limão. As rodelas de funcho vão ser a cama do borrego ao ir à mesa. Acompanhámos com um pujante tinto do Monte da RavasQueira. Bom proveito e boa Páscoa. |
6.4.12
3.4.12
A via férrea ibérica foi construída com a bitola de 1,668m, distância entre carris.
Para lá dos Pirinéus há a bitola europeia de 1,435m.
No entanto, já desde 1992 que em Espanha se circula em bitola europeia com o AVE - Alta Velocidade Española, vulgo TGV, que devido às suas características, só é utilizada para transporte de passageiros. Em construção está uma linha Madrid-Badajoz, certamente na base de acordos com Portugal e a União Europeia que incluíam a continuidade dessa via por território português.
Parece que o actual Governo português teve uma decisão precipitada, ao abandonar a ligação de Portugal à Rede Transeuropeia de Alta Velocidade, vindo agora anunciar, para safar a coisa, um projecto alternativo na bitola do TGV, mas para transporte de mercadorias até Badajoz.
E daí lavam as mãos. Se as mercadorias ficarem em Badajoz, a culpa é dos espanhóis. |
2.4.12
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Pescada à Poveira Na Póvoa do Varzim come-se da melhor pescada. Um dos segredos está na sua cozedura. Posta de pescada fresca, fresca sem frigorífico, tempera-se com sal e deixa-se umas horas. Coloca-se depois em água fria, enquanto se leva ao lume um tacho com água ligeiramente temperada de sal. Quando levantar fervura introduz-a posta de pescada com uma folha de louro. Quando novamente levantar fervura, quebra-se com água fria. Baixa-se o fogo e deixa-se cozer lentamente por alguns minutos, poucos, apenas o suficiente para perder o aspecto sanguíneo junto à espinha. Entretanto coze-se batatas, cenouras, couve galega e ovo. Pode substituir a couve por grelos, que também vai bem. Prepara-se ainda um molho, aquecendo azeite com cebola picada, temperando com colorau, sal e pimenta, a que se junta um gole de bom vinagre de vinho. O empratamento é feito com uma base de fatias de pão, regadas com um pouco do molho, sobre as quais se coloca o peixe. À volta os vegetais e o ovo encaixado na posta, tudo regado com o molho. Menção especial para o vinho com que acompanhamos este delicado prato. Um branco Vila Regia da Sogrape, algo como um delicioso champanhe disfarçado de vinho. O sabor está lá, mas com um gás muito discreto, quase despercebido, sem exuberâncias. Bom proveito. |