29.8.13
Cálice da comunhão
Com brilho que se perdeu!
Comunhão em união
Entre meus sonhos e eu!
Ó cálice tão amado!
Em teu vinho de outras vinhas
Para lábios, flores de Deus,
Minha alma pôs a hóstia
Das minhas horas divinas
Sinto meus lábios beijados,
Triste alma canta contente.
Ó brilho visto entre névoa
De anjos de asa fremente!
Sinto-me o centro de Deus,
Criança, na vida à solta
Tal como eu me encontrei
Quando de Deus acordei
E senti o mundo à volta.
Fernando Pessoa.
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