Argumento para Woody Algumas forças vivas quiseram trazer Woody Allen a Lisboa, para aí fazer um filme à semelhança do que fizera em Londres, Paris, Barcelona e Roma. É sabido que Woody Allen escreve o argumento dos seus próprios filmes e para filmar em Lisboa teria de se inspirar em algo típico da vida lisboeta. Modestamente irei dar uma achega a Woody para o argumento. Um empresário americano (Woody Allen) tem uma filha Ambrose que vem a Lisboa passar uns dias de férias. Chegada ao aeroporto apanhou um táxi para o hotel. O percurso foi longo, pela marginal, e logo aí ficou fascinada pela paisagem, mas muito especialmente pelo taxista, de seu nome Adolfo, um jovem louro de olhos azuis, bem falante num inglês com sotaque texano que a deixou maravilhada. Combinaram encontrar-se à noite e foram a uma casa de fados. Ambrose quase chorou de emoção ao ouvir o fado, ainda que não percebesse o que se dizia, ou talvez por isso. O romance com Adolfo consolidou-se e Ambrose resolveu ficar em Lisboa mais algum tempo, alugando um apartamento. O pai decidiu vir então a Lisboa ver o que se passava. Começou logo por embirrar com o Adolfo, que lhe pareceu um ariano disfarçado de português. Entretanto ouve a filha cantar, enquanto cozinhava uma panqueca, com umas entoações que desconhecia. Era o fado. Curioso, logo pediu para ir a uma dessas tais casas de fado. Assim que entrou teve de tomar um comprimido contra o enjo, devido ao cheiro a vinho que detestava. Ao ouvir o fado, achou que a filha até podia ser uma excelente fadista, desde que lhe desse uma expressão mais dramática. Telefonou então a um amigo mafioso dos States, pedindo-lhe para vir a Lisboa fazer-lhe um favor. Dois dias depois o Adolfo desapareceu e o seu táxi foi encontrado no Tejo. Com o desgosto, foi então que Ambrose se assumiu como fadista, cantando com emoção "My Taxi Driver's Fado" que o pai escreveu. Regressou aos States onde abriu uma casa de fados em play-back, pois não arranjou guitarristas. Piscoiso |
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