12.9.16

Lambert for you

Hoje há Tripas
Prato forte da gastronomia portuense, que segundo a lenda tem origem num pedido de D.João I
à população portuense para abastecer as naus do Infante D.Henrique com a carne disponível.
Ficaram as tripas. Mas já se vai ver que o prato não é só tripas.
É para pensar de véspera. O feijão põe-se de molho. Preferimos o feijão manteiga ao branco.
Para um sabor genuino, não aconselhamos o feijão de lata já cozido. Também preferimos a carne
da cabeça de porco fresca, à seca.
Cozinhar esta iguaria, é coisa para lhe ocupar toda a manhã.
Terá de começar por cozer o feijão com rodelas de cenoura e um pouco de sal.
Entretanto coza separadamente, em água temperada de sal:
As tripas.
Mão de vitela.
O frango.
Orelheira e rabo de porco.
Os chouriços de carne, de sangue e salpicão, vão ser cozidos na mesma água em que cozeu
o feijão e a cenoura, que entretanto retira e aguardam a vez de entrar no tacho.
Com exceção da mão de vitela, não deixe cozer demasiado, para que se possam cortar aos
pedaços firmes e o feijão sem se desfazer.
Num tacho faz-se um refogado com azeite cebola e alho. Quando aloirar, junte tomate pelado,
salsa e uma folha de loiro. Misture depois a água em que cozeu o feijão e os enchidos.
Quando levantar fervura, junte todos os ingredientes. Tempere com cominhos em grão, piripiri
e corrija o sal.
Leve à mesa polvilhando com cominhos em pó e salsa picada. Acompanhe com um arroz que
foi cozendo no forno.
Isto é mesmo bom, empurrado com um verde tinto, saboreando a boroa de Avintes.

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