O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Depois de eliminarem os suecos, os holandeses v�m jogar com os da casa arbitrados pelo sueco Frisk, no Est�dio do Sporting. Se houve sistema n�o se notou, apesar das reclama��es dos holandeses. O Van Nistelrooy at� foi castigado com dois jogos por reclamar. N�s at� metemos um golo na pr�pria baliza a ver se eles se calavam. E metemos dois na baliza deles sem espinhas nem caro�os. Primeiro com a cabecinha de Ronaldo. Depois o m�ssil de Maniche, no laranjal de Van der Sar. A nota negativa � continuarmos a sofrer golos esquisitos. A nota positiva foi Dur�o emigrar.
� �s 19:45 e Coirato a seguir. .
:: piscoiso 00:12 :: ::
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:: 29.6.04 ::
Lambert for you
Bacalhau Meia-Final Pode ser prestimoso ter uma bandeira � janela para apoiar a Selec��o. Mas n�o se esque�a de que pode apoiar muito melhor se comer bem. Nada melhor do que um bom prato de bacalhau para consubstanciar o nosso apoio. Forrar o fundo de um tabuleiro de ir ao forno com alho franc�s �s rodelas finas. Cubra com uma pequena camada de batatas �s lascas, um fio de azeite, um pouco de sal e pimenta. Entretanto, � parte, desfie o bacalhau depois de passado por leite a ferver e misture com alho e ovo cozido bem picados, temperando de pimenta e salsa picada. Coloque esta mistura sobre as batatas e cubra com outra fina camada de lascas de batata. De novo um pouquinho de sal fino e cubra com natas. Polvilhe com queijo ralado e leve ao forno. Remate com um bom Alvarinho fresco. .
:: piscoiso 00:07 :: ::
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:: 28.6.04 ::
A performance dos checos: � 2-1 � Let�nia em Aveiro � 3-2 � Holanda em Aveiro � 2-1 � Alemanha em Alvalade � 3-0 � Dinamarca no Drag�o (em 16 minutos) .
:: piscoiso 09:54 :: ::
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:: 27.6.04 ::
R.Checa 3-0 Dinamarca
EURO 2004
Os gregos � espera destes
Palco do Campe�o Europeu, o Est�dio do Drag�o assistiu nos primeiros 45 minutos a um jogo de apalp�es no reconhecimento do advers�rio, com tabelas e tabelinhas sem a bola entrar no buraco. Dinamarca a funcionar melhor colectivamente, com mais posse de bola, que se diluia sistematicamente na aproxima��o da �rea checa. No princ�pio da segunda parte, deu logo para perceber que os checos se iam deixar de modas. Que tirasse o cavalo da chuva quem julgasse que o jogo iria ser decidido por penalties. As tabelas dos dinamarqueses passaram a ser para lado nenhum, e aos 49', num canto marcado pelos checos, a bola foi milimetricamente enviada para as �guas-furtadas onde estava a inacess�vel cabe�a do gigante Koller, que abriu o activo. 1-0. Os dinamarqueses, foi como se tivessem levado uma chicotada e come�aram a remar energicamente. A meia fervura da primeira parte, transformou-se rapidamente em ebuli��o. Na �nsia de se chegarem � frente, os n�rdicos deixaram imensa praia pelas costas, logo aproveitada por Baros, que se isola e faz um chapeuzinho ao dinamarqu�s da baliza. 2-0. Dois minutos depois, o golpe de miseric�rdia pelo mesmo jogador, concluindo uma assist�ncia primorosa de Nedved. 3-0. A equipa t�cnica dos gregos, na bancada, ia tirando resmas de apontamentos dos checos, com ar sisudo. Esta equipa checa n�o funciona sempre, mas quando engrena, f�-lo com uma simplicidade e efic�cia aterradoras. Quinta-feira, de novo os checos neste palco, desta feita contra os gregos. Palco feliz para os gregos no jogo de abertura contra Portugal. Desta vez, Rio n�o deve estar presente.
Jogo �s 19:45 e Coirato a seguir. .
:: piscoiso 11:59 :: ::
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Correspond�ncia
Laranjas p�lidas
Entre amarelos cheios de medo e laranjas p�lidas, que se pode dizer?
Neste europeu est� a acontecer o mesmo que no �ltimo mundial: os grandes v�o-se embora.
Para quem quer ver jogos grandes (grandes jogos ou n�o), um It�lia-Alemanha, um Fran�a-Holanda, temos de nos contentar com Gr�cia, Portugal, Rep�blica Checa ou Dinamarca nas meias.
J� no Mundial calhou-nos nas meias Turquia e Coreia.
Faz-me lembrar um mundial de h�quei, c� em Portugal, em que fomos campe�es do mundo sem ter jogado com a Espanha, It�lia e Argentina! Assim n�o tem piada!
Vamos l� ver se o jogo de hoje, com tantas expectativas, n�o vai ser o barrete de ontem.
E, j� agora, ningu�m consegue calar o Scolari?
D.
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:: piscoiso 11:52 :: ::
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:: 26.6.04 ::
Su�cia 4-5 Holanda
EURO 2004
O que passar leva com a bandeira na tola
A laranja mec�nica, com algumas pe�as bastante usadas, l� espremeu os pernaltas suecos, depois de 90+30 minutos jogados como se n�o houvesse balizas. Porque, ou n�o lhes acertavam, ou estava l� algu�m � frente. As traves e as barras tamb�m deram concerto, com os sons da Roteiro a percutir por l�. Jogo sem grande hist�ria, sem golos, com muitas corridas, empurr�es e passes perdidos. A Holanda sempre mais na posse da bola (60/40%) mas sem grande convic��o, encontrava pela frente os suecos com uma excelente presen�a f�sica e determinados. O jogo arrastou-se at� aos penalties e a� Van der Sar fez a diferen�a, ao defender um. Suficiente e com luvas. Esperemos que Scolari j� tenha o Livro de Instru��es para desmontar a mec�nica desta laranja.
� �s 19:45 e Coirato logo a seguir. .
:: piscoiso 23:14 :: ::
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:: 25.6.04 ::
Fran�a 0-1 Gr�cia
EURO 2004
Alvalade em tons de azul
Os gregos, coitados, tinham conseguido ganhar aos portugas, mas levaram pela barba dos russos que at� j� foram para casa. Enfim, uns hel�nicos da outra cauda da Europa. Os campe�es em t�tulo, LA FRANCE, come�aram a jogar ainda a assobiar a marselhesa, julgando que iam ter un repas leg�r. Logo aos 14', Barthez atarantado, vai buscar uma bola rasteira que ia a entrar junto ao poste. H� quem diga que entrou mesmo, mas imagens expl�citas, nem v�-las. Jogo muito pelo meio campo, sem riscos, sem aberturas, quase sem remates � baliza. Os guarda-redes est�o numa de apanha-bolas. Os franceses deviam estar convencidos, que merc� do seu estatuto, dos seus pergaminhos e das suas estrelas, teria de haver por certo uma qualquer norma que os colocasse automaticamente nas meias-finais. Aos 65', como quem n�o quer a coisa, h� um matula grego que se esgueira pela direita e centra � vontade com escantilh�o para a cabe�a de Charisteas que faz golo. Simples, n�o � ? Os franceses mudam logo de carreto e a dar ao pedal noutra velocidade. Os gregos � que n�o se impressionaram mesmo nadinha, resolvendo todas as situa��es que os desesperados galin�ceos foram criando at� ao apito final. Mais um gigante apeado. At� dava gozo ter uma final com os do primeiro jogo: Portugal-Gr�cia.
O problema de vivermos num pa�s da Uni�o Europeia,
� que nos sentimos desenvolvidos.
Por isso nunca se espera que a TV Cabo v� abaixo em pleno jogo...
J� n�o � a primeira vez e normalmente s�o em alturas pouco pr�prias.
Portanto tive a sorte de ver os primeiros 60 minutos, e os �ltimos 20 do prolongamento.
Passar da TV para o r�dio � um bocado frustrante, principalmente porque na r�dio o jogo � muito mais espectacular do que est�vamos a ver...
Tamb�m ao ler a Bola de hoje percebi que perdi muito mais do que pensava, tantas notas 10 para os jogadores de Portugal...
Gostei mais de ver, no fim do jogo, a Sky News. Senti-me de novo na Europa.
Uma hora ap�s o jogo j� tinham l� as capas dos jornais do dia seguinte (Beckam de rastos, pois claro).
Mesmo os jornalistas em Lisboa, que diferen�a dos nossos... sem aquelas �entrevistas� de rua.
E n�o d� um certo gosto ver o Eriksson a falar, sem arranjar desculpas, sem arrog�ncia, sem rasgar camisas?
E, gra�as a Deus, Eriksson n�o tem uma Santa para o proteger!
D.
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:: piscoiso 17:13 :: ::
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:: 24.6.04 ::
Portugal 8-7 Inglaterra
EURO 2004
Que a Sra. de Caravaggio mais o S. Jo�o nos protejam
O �rbitro sui�o cumprimentou os capit�es das duas equipas, jogadores do Real Madrid, aplaudidos pelos espanh�is que ainda c� est�o. Ainda Scolari andava � procura do lugar dele, quando o puto Owen se metia como um rato entre Ricardo e Costinha que lhe atrasara a bola, fazendo golo para a Inglaterra. A displic�ncia de Costinha e a hesita��o de Ricardo, quase fazia arrear as milhares de bandeiras que andam por a� desfraldadas. Os ingleses cerraram fileiras e passaram a defender com uma defesa muito rigorosa e sem contempla��es, recorrendo � falta quando necess�rio. Os livres de Figo eram apanhados invariavelmente por uma massa de ar ascendente que levava a bola para as nuvens. Felizmente para os portugas, o puto maravilha Rooney lesiona-se e sai para n�o voltar a entrar. O jogo arrasta-se sem que os portugueses arranjem meio de perfurar a forte estrutura defensiva inglesa. A um quarto de hora dos 90' Scolari come�a a fazer substitui��es que se v�m a revelar decisivas. Tira sucessivamente Figo, Costinha e Miguel, metendo Postiga, Sim�o e Rui Costa. Estes tr�s jogadores v�o estar na origem da reviravolta. Sim�o, como uma gazua, come�ou a fazer abanar a muralha pela esquerda, chamando a si os advers�rios e centrando para um liberto Postiga que empatou aos 83'. O jogo foi ent�o para prolongamento, e na 2� parte, o estilista Rui Costa, numa jogada individual ao melhor estilo milan�s, faz um golo soberbo. Teria sido lindo se o jogo tivesse acabado ali, mas os ingleses s�o uns chatos e empataram na sequ�ncia de um canto. Chegados os penalties para desempate, Eus�bio vai ter com Ricardo e segreda-lhe umas dicas. Beckham falha o primeiro, mas Rui Costa tamb�m viria a falhar. O jogo acabou por ser decidido por Ricardo, animado por um berro de Eus�bio a partir da lateral. Com as m�os nuas, defendeu o 7� penalty. Com os p�s cal�ados marcou ele pr�prio o penalty seguinte, o da vit�ria. Scolari d� pulos de contente. Os seus meninos deram-lhe "as meias" que lhes pedira.
Desde in�cio se topou que os suplentes checos eram suficientes para os super titulares alem�es. Ao contr�rio dos checos, apurados e descontraidos, os germ�nicos estavam sob grande press�o e mais nervosos que um gajo cheio de sede � espera de uma cerveja fresca. O primeiro lance de golo foi logo na baliza de Kahn. N�o entrou agora mas vai entrar mais tarde. Esta equipa alem� � uma m�quina sem ideias, de pe�as fortes mas desconjuntadas. Os checos t�m um futebol muito fluido e desinibido, perfeitamente nas tintas para o estilo arrogante da equipa alem�. Ballack, um dos mais inconformados, arranca uma pastilha e faz golo aos 20' para a Alemanha. Os checos j� apurados, n�o acusaram o toque, at� porque o jogo ainda era uma crian�a. Em Braga a Holanda tamb�m marca. De penalty. Nove minutos depois, os checos empatam num livre directo superiormente marcado mesmo ao canto e � velocidade de um foguete. Kahn atirou-se para mostrar que n�o ficou parado, mas nem o cheirou. A Holanda marca o segundo, na esperan�a de que os checos resistam aos panzers alem�es. A 15' do fim os alem�es ligam o turbo numa tentativa desesperada de chegar � vit�ria, mas s�o os checos que marcam, aos 76', em contra-ataque. A Holanda ainda mete o terceiro, a caminho dos quartos, enquanto a Alemanha salta para fora da carro�a. Este conjunto alem�o n�o passa de um kit de equipa.
ia
Jogo �s 19:45 e Coirato a seguir. .
:: piscoiso 00:13 :: ::
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:: 22.6.04 ::
Dinamarca 2-2 Su�cia
EURO 2004
Cozinhar um Empate n�o � f�cil
Jogo muito bem realizado. Bom espect�culo, muita luta, lindos golos e o 2-2 que apurava as duas equipas n�rdicas, atirando pela borda fora os cuspidores italianos. Dinamarca sempre mais incisiva e perigosa, acabou por marcar aos 28', com um belo chap�u de Tomasson. Os suecos procuraram de imediato o empate, mas Sorensen, o excelso guarda-redes dinamarqu�s, n�o deixou. No Bessa chovia, mas em Guimar�es chovia ainda mais e os italianos chegavam ao intervalo a perder 1-0, golo de penalty. Foi tamb�m de penalty que os suecos marcaram no Bessa, empatando 1-1 j� no 2� tempo. Sempre mais acutilantes, os dinamarqueses fazem o 2� golo aos 65', num aproveitamento de um ressalto na �rea sueca. Em Guimar�es a It�lia empata. Os suecos enchem-se de brios na tentativa do empate, mas s�o os dinamarqueses que quase dilatam a vantagem, com guarda-redes Isaksson a voar para a bola, evitando o desfazer do gui�o, que era o 2-2 final. Que chegou j� na recta final, aos 89', numa recarga bem aproveitada pelos suecos. Entretanto a It�lia metia o in�til segundo golo, enquanto os suecos seguravam a bola junto da sua �rea, sem que os dinamarqueses l� fossem, nos segundos finais, at� ao apito do �rbitro. Arrivederci It�lia.
O jogo � �s 19:45. Coirato vem a seguir. .
:: piscoiso 12:29 :: ::
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Lambert for you
Bacalhau � Espanhola Em homenagem � equipa espanhola de futebol, trazemos a este local transformado em Est�dio, um suculento prato de bacalhau, cuja confec��o dizem ser de origem castelhana. Coze-se o bacalhau e desfaz-se em lascas, retirando peles e espinhas. Num tacho, ponha camadas alternadas de cebola e tomate �s rodelas, pimento vermelho �s tiras, lascas de bacalhau e alho picado. Sobre a �ltima camada coloque batatas �s rodelas grossas e salsa. Regue com azeite e tempere com colorau, pimenta, piripiri e algum sal. Tape o tacho e leve a lume muito brando at� cozer. Um soberbo Alvarinho da fronteira, abrilhanta a festa. .
:: piscoiso 12:04 :: ::
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:: 21.6.04 ::
Cro�cia 2-4 Inglaterra
EURO 2004
Ingleses e croatas na bicha
A Inglaterra sagrou-se no pr�ximo advers�rio de Portugal, em jogo feio mas de muitos golos. At� come�ou a perder logo aos 5', com os croatas cheios de speed, a serem mais ratos na �rea inglesa e a fazerem golo. Demasiado r�pidos e demasiado cedo. A reac��o continuada dos ingleses comandados pelo sueco Eriksson, levou os croatas � exaust�o das pilhas. Os golos dos ingleses come�aram ent�o a aparecer como as cerejas. Com um brilho especial do baby Rooney, a fazer a diferen�a entre os s�bditos da Rainha. S�o pois, estes beefs, o pr�ximo petisco dos portugas, nos quartos de final. Mastig�veis, se soubermos com�-los..
�s 19:45 na Luz; e Coirato a seguir. .
:: piscoiso 14:31 :: ::
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Correspond�ncia
Fran�a-Inglaterra
L� vou ter de falar de Portugal...
Prefiro a Holanda!
J� me est� a irritar toda a gente a dizer maravilhas de Portugal.
Faz-me lembrar quando o Benfica vai ter um jogo grande (antes de perder...).
Acho que Portugal teve muita sorte: no jogo com a Espanha e no grupo que calhou.
A Gr�cia pouco vale e a R�ssia vale pouco.
A Espanha � a pior Espanha dos �ltimos anos.
Portugal tamb�m.
A primeira parte foi o habitual; nada aconteceu.
A segunda parte ainda come�ou pior. O golo salvou o jogo.
O resto foi o ai Jesus da praxe.
No final houve ocasi�es quando do desespero espanhol. Mas � muito dif�cil marcar golos...
Quanto a jogadores, o exagero habitual.
Deco foi o melhor em campo no jogo que jogou pior.
Ricardo Carvalho esteve bem, embora muitos calafrios a defesa passou; mas provou que � o melhor do mundo para os jornalistas...
Figo esteve � sua altura; nisto concordo com os jornalistas. S� o n�vel da altura � que discordo.
Costinha continua sofr�vel e at� Maniche esteve abaixo do normal. S� Pauleta n�o desiludiu porque j� ningu�m fica desiludido.
Quanto a comentadores, faltava a cereja no bolo!
De tanto falar bem apenas dos jogadores do Porto l� teve de dizer que at� parecia que s� falava bem dos seus jogadores.
E para provar que era imparcial caiu no rid�culo de defender a substitui��o do Deco em vez do Figo.
E, claro, agora s� falta o mais f�cil para sermos campe�es.
Mas a Fran�a-Inglaterra vai ser um grande jogo!
D.
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:: piscoiso 12:01 :: ::
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:: 20.6.04 ::
Portugal 1-0 Espanha
EURO 2004
"Kill Madail" realidade ou fic��o ?
Sabe-se agora porque Portugal perdeu com a Gr�cia. Foi para deixar passar os gregos e eliminar os espanh�is. A velhinha guerra ib�rica. A t�ctica � que foi um bocado retorcida e arriscada, mas surtiu efeito. O sargent�o fez entrar Ronaldo em vez de Sim�o. A coqueluche de Manchester, ora na esquerda ou na direita, trocando com Figo, era um verdadeiro dem�nio. Um top red devil. Se os portugueses precisavam ganhar, aos espanh�is bastava o empate. Deco incans�vel, bem tentou com a sua arte perfurar o �ltimo reduto castelhano, que se mantinha inexpugn�vel. Felip�o troca Pauleta por Nuno Gomes ao intervalo e deu-se o click. Numa excelente jogada de combina��o com Figo, faz um disparo em Nuno-style, que deu a vit�ria a Portugal. Responde a Espanha com raiva e quase empata com bolas no poste e na barra, mas foi ainda Portugal, nos momentos finais, que teve um cacharolete de oportunidades de golo perdidas. Os espanh�is tamb�m n�o mereciam a goleada. "Kill Madail" era bluff !
�s 19:45. Coirato a seguir com o epit�fio ? .
:: piscoiso 00:01 :: ::
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:: 19.6.04 ::
Holanda 2-3 Rep.Checa
EURO 2004
O perfumado futebol de holandeses e checos
Duas selec��es maravilha que deram a Aveiro, neste fim de tarde, um dos jogos mais belos a que assistimos neste Euro 2004. Come�aram e acabaram melhor os checos. Criaram, logo de in�cio, duas oportunidades desperdi�adas, a que os holandeses reagiram com um golo aos tr�s minutos. Aos 18' repetiram a dose laranja, desta vez com a simplicidade e efic�cia do United Van Nistelrooy. Neste encontro, estiveram frente a frente dois dos mais altos jogadores da Europa, o defesa Stam da Holanda e o atacante Koller da Rep.Checa, que bem podiam estar na NBA se encestassem bem. Koller reduziu para 2-1 antes do intervalo. A segunda parte foi um festival checo sob a batuta de Nedved, um colosso. Os holandeses muito devem ao seu el�stico guarda-redes Van der Sar, que teve defesas dignas do Homem-Borracha da banda desenhada. A expuls�o do holand�s Heitinga com dois amarelos, foi devidamente explorada pelos checos, que culminaram com um golo de antologia, a cereja do 3� que lhes deu a vit�ria. Descrev�-lo por palavras era minoriz�-lo. Vejam-o na TV. Duas estrelas com brilho mais intenso: Nedved e Van der Sar. Ganhou o primeiro. Gostar�amos que o segundo continuasse. Rep�blica Checa. Primeira selec��o apurada. Toma l� que j� almo�aste !
�s 19:45 come�a o jogo. Coirato vem a seguir. .
:: piscoiso 00:10 :: ::
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:: 18.6.04 ::
It�lia 1-1 Su�cia
EURO 2004
A Su�cia embalada contra uma It�lia de casos
Expurgada do cuspidor Totti, a It�lia apareceu no Drag�o ao seu mais alto n�vel, dando um festival de bola. Os suecos tingiram de amarelo o est�dio portista. E as suecas meu Deus. Aqueles doces olhos da cor do mar ! A velha raposa Trapattoni, formatou criteriosamente a equipa num sistema adaptado aos generosos n�rdicos. Os solistas italianos encheram o Drag�o de belas melodias futebol�sticas, a ritmo vibrante. O golo chega aos 36', na sequ�ncia de um centro do "velho" Panucci, que Cassano tabelou de cabe�a e de c�coras, para dentro da baliza sueca. A partir da� os italianos come�aram a p�r cadeado aqui, ferrolho acol�, passatempo mais al�m, faz-de-conta daquele lado e simula mais pra l�. S� que os suecos n�o s�o ing�nuos e acreditaram sempre na sua capacidade de poder contrariar a injec��o de esterilidade que a It�lia lhes tentava aplicar. Aos 84' tiraram da cartola o empate que n�o estaria nas contas dos comedores de pizza. Na sequ�ncia de um canto para a sua maior estatura f�sica, os suecos n�o precisaram de se abaixar para jogar de cabe�a. Meteram de calcanhar. Toma l� e faz as contas.
O jogo � �s 19:45. Coirato a seguir. .
:: piscoiso 00:09 :: ::
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:: 17.6.04 ::
Fran�a 2-2 Cro�cia
EURO 2004
Os croatas n�o s�o pera doce
Os maravilhosos galin�ceos franceses, depois da cantoria da Marselhesa, iniciaram o jogo com o n�tido prop�sito de arrumarem ali a passagem � fase seguinte com uma vit�ria sem penas. O primeiro quarto de hora foi avassalador, com os croatas a resistirem estoicamente. O golo franc�s acabou por surgir aos 21'. Livre de Zidane para a �rea, com a Roteiro a repetir o golo alem�o contra os holandeses. Desta vez foi ainda ligeiramente desviada por um tal Tudor, que acabou por fazer auto-golo. A Fran�a reduz de velocidade e passa a controlar nas calmas, a passes do bailarino Zidane. N�o se sabe o que os croatas tomaram ao intervalo, pois regressam e fazem dois golos de rajada. O primeiro, aos 48', foi de penalty, que desta vez Barthez nem cheirou. Tr�s minutos depois, h� um falhan�o na �rea gaulesa, impecavelmente aproveitado pelo Prso do M�naco. A Fran�a reune todas as muni��es e vai para o ataque, conseguindo o empate num lance de legalidade duvidosa. H� um atraso para o guarda-redes croata, que consegue chutar, apesar de assediado por Trezeguet. De bra�os um pouco abertos, o franc�s consegue interceptar a traject�ria da bola com a m�o e chut�-la para dentro da baliza deserta. O �rbitro validou. Ponto final. Mas foi mesmo a Cro�cia que esteve � beira de marcar nos momentos finais. Mornar, que acabara de entrar, com a baliza � sua frente atirou para o ar. Os croatas t�m uma equipa e peras.
Desta vez Felip�o n�o arriscou. Recheou o miolo da equipa com os campe�es europeus Costinha, Maniche e Deco, al�m dos defesas Ricardo Carvalho e Nuno Valente. Reservou a ala direita para os fenfiquistas Miguel e Sim�o, passando Figo para a esquerda. O perfume portista produziu efeitos logo ao sexto minuto. Deco serve Maniche que faz golo. At� parecia um jogo da Liga dos Campe�es. A partir do quarto de hora, Figo come�a a pedir calma, pois come�a a ter dificuldades em aguentar o ritmo vertiginoso que Deco imprime ao ataque. Os russos, com o tamb�m portista Alenitchev em bom plano, sofrem um rude golpe aos 44 minutos com a expuls�o do guarda-redes Ovchinnikov, que meteu a m�o � bola fora da �rea, numa antecipa��o a Pauleta. O livre � marcado por Figo, que tenta imitar Zidane no golo contra os ingleses. N�o conseguiu. Foi fora. Os frutos do jogo Oport-style estavam alcan�ados e Felip�o mete a dupla Rui Costa-Nuno Gomes nos lugares de Sim�o-Pauleta. Uma boa aposta da qual saiu o segundo golo, com muita naturalidade e bastante classe, a que n�o foi alheio o excelente contributo de Ronaldo que entretanto entrara a substituir Figo. Felip�o safou-se da roleta, mas ainda tem de pegar os espanh�is pelos cornos.
O Est�dio do Drag�o est� mais cor-de-laranja que o melhor dos congressos do PSD. Os adeptos holandeses s�o uma curti��o. Dentro do pr�prio campo, s�o os alem�es a mostrarem-se mais fortes. Pelo menos fisicamente. Mas de moral tamb�m muito elevado. Os pr�mios do jogo n�o devem ser migalhas. Acabam por fazer um golo na 1� parte com alguma felicidade. Quase se diria que foi a Roteiro quem fez o golo, tal a agilidade com que se esgueirou pelo meio de uma multid�o na �rea, ressaltou no ch�o em frente a Van der Sar, bateu no poste e entrou. Tinha sido chutada a "quil�metros" num livre directo. A partir da� os germ�nicos cerram fileiras na defesa encarni�ada da vantagem, � base de m�sculo e muita rispidez nas entradas. Os artistas das tulipas nunca se deixaram impressionar pela atitudes intimidat�rias alem�s. Pacientemente procuraram os buracos da muralha, que abriu uma brecha aos 80'. Fuga pela lateral direita, centro para a entrada do port�o, onde aparece o subtil Red Devil, Van Nistelrooy de seu nome, a esticar a perna e a chegar com o bico da bota � bola, desviando-a o suficiente para deixar o aniversariante Kahn como espectador do golo. Os minutos finais foram intensos, por vezes brutais, com os germ�nicos de dentes cerrados, mas acabaram por se contentar com metade do bolo. A onda laranja saiu satisfeita oferecendo cerveja aos alem�es. N�o deve haver porrada.
�s 19:45 com Coirato logo a seguir. .
:: piscoiso 00:32 :: ::
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:: 14.6.04 ::
Dinamarca 0-0 It�lia
EURO 2004
A tem�vel It�lia contra os n�rdicos
Trapattoni encosta o telem�vel ao ouvido e ouve a voz de Berlusconi num estridente "Forza It�lia". Meio a sorrir, o t�cnico italiano leva a m�o em concha � boca e imita uns silvos e apitos de interfer�ncias, desligando em seguida. O �rbitro espanhol Mejuto, d� in�cio ao jogo. Respirando sa�de por todos os poros, os dinamarqueses deslocam-se com facilidade. A bola bate neles como em tabela de bilhar, encaminhando-se inavariavelmente para algu�m da mesma cor. Os italianos, num cocktail de t�cnica e matreirice, come�am por apalpar o �rbitro, para saberem at� onde podem ir. Nas disputas de bola corpo-a-corpo, os dinamarqueses levam quase sempre a melhor. Mais corajosos e muito objectivos, encontram pela frente os t�picos malabaristas latinos, que tudo podem resolver num momento de inspira��o individual. Sorensen, o guarda-redes dinamarqu�s, foi o homem da tarde. Com uma rapidez de reflexos felina, foi sempre o �ltimo reduto que os maravilhosos solistas italianos n�o conseguiram ultrapassar. Na baliza transalpina, Buffon tamb�m evitou um par de golos. Dois grandes guarda-redes que estiveram na base do nulo final. E um sol abrasador. Acabado o jogo, Berlusconi volta a telefonar. Trapattoni leva o telem�vel �s n�degas, faz forza e liberta um ru�do com as bochechas.
� �s 17:00 com sobremesa de Coirato. .
:: piscoiso 00:10 :: ::
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:: 13.6.04 ::
Fran�a 2-1 Inglaterra
EURO 2004
Os velhos rivais da Mancha
Sven Eriksson, ex-treinador benfiquista e agora t�cnico da Selec��o Inglesa, foi carinhosamente recebido na Luz pelo pessoal dos balne�rios. O jogo come�ou com uma entrada fulgurante dos franceses, logo postos em sentido pelos s�bditos de Sua Majestade Brit�nica, com uma estrat�gia sueca muito precisa e rigorosa. Aos 38' um remate made by Beckham apanha na �rea francesa um cacho de jogadores, onde sobressai a cabe�a de Lampard que faz golo para os ingleses. Vantagem embolsada, v�o-se apoderando progressivamente do jogo. Ao intervalo, come�am a correr rumores de que Eriksson ser� o pr�ximo treinador do Benfica. Assumindo o controlo do jogo, os ingleses, j� na segunda parte, deram-se mesmo ao luxo de desperdi�ar uma grande penalidade, saida dos p�s de Beckham e defendida espectacularmente por Barthez. 90 minutos com 1-0 para os ingleses. Tr�s minutos de compensa��o. 91' livre directo contra a Inglaterra. Zidane marca e faz golo. 92,5' Henry aproveita um mau atraso para James e arranca um penalty. Zidane transforma-o em reviravolta sobre a linha de chegada. Entretanto corre a not�cia de que Eriksson j� n�o vai para o Benfica.
�s 19:45 na Luz; e depois Coirato. .
:: piscoiso 00:25 :: ::
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:: 12.6.04 ::
Portugal 1-2 Gr�cia
EURO 2004
Inaugura��o com Gregos
Rui Rio entra no Est�dio do Drag�o pela primeira vez, afivelando um sorriso de gozo. Entrar na catedral portista sem convite de Pinto da Costa, � uma vit�ria que n�o esquecer�. O soberano Collina, apita para o come�o do jogo. Seis minutos depois, a Gr�cia marca o primeiro golo. Remate ainda longe da �rea, com Ricardo a reagir tarde e a permitir que a bola entrasse. H� gente no Drag�o a gritar por Ba�a. Chega o intervalo com Scolari a mascar a mesma pastilha el�stica. Para a segunda parte, mete Deco e Ronaldo nos lugares de Rui Costa e Sim�o. Os gregos, muito altos e poderosos fisicamente, al�m de um rigoroso sistema t�ctico, ou n�o fossem treinados por um alem�o, chegam ao 2-0 num contra-ataque travado em falta j� dentro da �rea por Ronaldo. Penalty com a bola para um lado e Ricardo para o outro. J� depois dos noventa minutos, Ronaldo redime-se e marca o tento de honra. Derrota amarga, num faduncho que se repete, com o fantasma da Coreia a pairar sobre o Drag�o. Ap�s o apito final de Collina, um vulto de p� na tribuna, com as m�os nos bolsos. Pinto da Costa assiste � primeira derrota no Est�dio do Drag�o. L� fora, em cada janela uma bandeira.
Jogo �s 17:00, seguido do inqualific�vel Coirato.
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:: 11.6.04 ::
Lambert for you
� Grega O que um povo come, � algo da sua identidade. Ajuda-nos a conhec�-los, o que n�o quer dizer que nos ajude a ganhar-lhes ao futebol. Descasque camar�es grandes, deixe-lhes a barbatana caudal e tempere-os com sal, pimenta e alho. Deixe-os a tomar gosto durante meia hora. Passe-os depois por ovo batido, p�o ralado e frite-os em azeite. Corte alguns cubos de queijo Feta (� um queijo grego que encontra nos bons supermercados), passe igualmente por ovo e p�o ralado e frite. Acompanhe com um arroz � grega, feito como o nosso arroz de ervilhas, melhorado com pedacinhos de cenoura e pimento vermelho. Leve � mesa enfeitando com lim�o. Com o tempo quente que se faz sentir, brindei com um ros� fresquinho.
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:: 10.6.04 ::
Foto: ZGarcia .
:: piscoiso 17:10 :: ::
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:: 9.6.04 ::
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:: piscoiso 01:19 :: ::
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:: 8.6.04 ::
INFO EURO2004
Bola com novo formato
Fomos obrigados a alterar o formato dos posts da bola para o Euro2004. Abramovitch contratou Coirato como olheiro, pelo que n�o podemos utilizar as aberra��es do nosso habitual comentador EM DIRECTO. Depois de acaloradas negocia��es, sobre o n�mero de cervejas por jogo, l� conseguimos o seu contributo, mas apenas no final dos jogos. As suas exig�ncias foram mais que muitas, pois n�o quer mais as suas bocas escondidas na caixa de coment�rios. Haver� um coment�rio final por jogo, no frontisp�cio do post. Amea�ando com os russos, exigiu ainda uma cor e um tamanho espec�fico para o seu texto. Come�a no s�bado com os gregos..
:: piscoiso 17:42 :: ::
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:: 7.6.04 ::
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:: piscoiso 17:20 :: ::
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:: 6.6.04 ::
Omaha Beach (nome de c�digo dado a Coleville-sur-Mer). 6 de Junho de 1944. Um capel�o celebra Missa na inaugura��o de um Cemit�rio Americano, dos mortos no desembarque do Dia-D.
Robert Capa / Magnum Photos. .
:: piscoiso 19:00 :: ::
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Os celestes da terra batida Os argentinos foram os grandes senhores de Garros2004. A meia-final Coria-Henman, deixou no ar um cheirinho a vingan�a das Malvinas, com o argentino a cometer a proeza de ganhar 13 jogos consecutivos ao ingl�s, reduzindo o jogo agressivo deste a um mar ch�o. A final ficou marcada por les�o de Coria ap�s o 2�. set, tendo-se arrastado at� ao 5�. set de forma dram�tica, onde ainda conseguiu dois match-points. Gaudio acabou por se impor.(0-6, 3-6, 6-4, 6-1, 8-6). .
:: piscoiso 17:59 :: ::
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:: 5.6.04 ::
Portugal 4-1 Litu�nia
Depois do Luxemburgo, a Litu�nia. � trigo limpo. Est� no papo. Depois temos a Gr�cia. A doer. Coirato nos festejos, �s 19:45. .
:: piscoiso 15:16 :: ::
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Ch�rie Myskina As russas de Garros, deram uma final feminina de alto n�vel. Dignas sucessoras de Kournikova em beleza, mas melhores em t�nis, Myskina e Dementieva chegaram � final deixando pelo caminho os tanks americanos Serena, Davenport e Capriati. Myskina conquistou Paris. N�o apenas pelo seu t�nis inteligente e preciso, mas pelo seu porte, "son allure". Myskina 6-1, 6-2 Dementieva. .
:: piscoiso 15:05 :: ::
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:: 4.6.04 ::
Trazemos para o Dia Mundial do Ambiente cinco milh�es de tulipas, cultivadas em Keukenhof, na Holanda. Foto: Sisse Brimberg.
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:: piscoiso 20:10 :: ::
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:: 3.6.04 ::
Across, 40x60 cm, acrylic on canvas, 1998. Obra do artista checo Jiri David, que actualmente exp�e na PhotoEspa�a um conjunto de fotos "Sem Compaix�o". .
:: piscoiso 14:20 :: ::
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:: 2.6.04 ::
Roland Garros Americanos em Paris com vida dif�cil. Efeito Michael Moore ? As irm�s Williams ficaram-se pelos quartos-de-final. Resta Capriati nas meias-finais. Masculinos, todos eliminados. Revela��o da Argentina, com quatro representantes nas meias-finais: Nalbandian, Gaudio, Coria e Paola Suarez.