24.6.05
Fui dar umas marteladas
Misturado no pov�o
Numa daquelas noitadas
� pala de S. Jo�o.
Como em pequena aldeia
Toda a gente � conhecida
E � que ningu�m se chateia
Mesmo quando agredida.
Uns dizem ser disparates
Tanta martelada assim
Outros dizem "Se me bates
� porque gostas de mim".
Se pensa que a Liberdade
� o 25 de Abril
Venha a esta cidade
No S.Jo�o. � baril.
� uma noite inteirinha
At� ver o sol nascer
A martelar toda a pinha
Que me der e apetecer.
Peregrina��o do nada
Pois santo n�o vi nenhum
Vi sorrisos e mais nada
No rosto de cada um.
A porrada era tanta
Era tanta a peleja
Que refresquei a garganta
Com litradas de cerveja.
�s farturas n�o se escapa
Empurradas com bejeca.
Das Fontainhas � Lapa
H� mil promessas de queca.
Algumas das marteladas
S�o dadas como desejos.
Nas faces ruborizadas
Os l�bios libertam beijos.
Carrouc�is por todo o lado
Brincadeira at� mais n�o
De se ficar devotado
Deste santo foli�o.
O fogo de artif�cio
Serve para descansar
Acalmia no bul�cio
Pesco�o virado ao ar.
Chegada a manh�zinha
J� com as pernas em saldo
Por entre o cheiro a sardinha
Come-se o verde caldo.
Numa feliz confus�o
Onde todos s�o iguais
� isto o S.Jo�o.
E para o ano h� mais.
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