3.7.12


RESCALDO

A nota mais marcante deste Euro-2012 foi a irregularidade das seleções ao longo da prova, o que atribuímos, entre outros factores próprios de cada seleção, à diversidade dos locais e respectivo ambiente em que os jogos se disputaram. Os realizados na Ucrânia foram especialmente sensíveis, pela negativa, um país onde poucas pessoas falam uma língua estrangeira e muito menos inglês. Basta dizer-se que numa final de um torneio destes, aconteceu algo inédito como ver tantas cadeiras vazias. Atrasos nos vôos, retenção de adeptos na fronteira Polónia-Ucrânia e preços de alojamentos escandalosos. Apesar de os jogadores pouco sofrerem essas contingências, tinham conhecimento das enormes dificuldades deparadas pelos adeptos, ou mesmo familiares, perdidos num mar de espoliação em que nem chegavam a assistir aos jogos.
Diz Platini que o próximo Europeu, em 2020, irá ser disputado em doze cidades diferentes por toda a Europa. O homem deve andar a ver se arranja um lugar em Bruxelas, depois de sair da UEFA.
Sobre a campeã Espanha pouco há a dizer. Del Bosque soube gerir a equipa afastando nacionalismos, num sistema baseado no sucesso de Guardiola.
Quanto à seleção portuguesa continua agarrada a nacionalismos bacocos com jogadores emigrantes. Custa a encaixar que uma equipa com o melhor jogador do mundo e outros por lá perto se limite às vitórias morais. Se com o lote de jogadores de que Portugal dispunha, do Real, Manchester, Chelsea e outros grandes da Europa, não conseguimos ganhar nada, então nunca o conseguiremos.
Gostaríamos que o sr. Fernando Gomes, presidente da FPF, fizesse algumas limpezas nas teias de aranha que o perdedor Madail deixou.
Ouve-se agora muita desculpa porque se perdeu para Espanha. A mais notória é por o hino espanhol não ser cantado.

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