4.6.03

Fernando Pessoa



Teu canto justo que desdenha as sombras

Limpo de vida vi�vo de pessoa

Teu corajoso ousar n�o ser ningu�m

Tua navega��o com b�ssola e sem astros

No mar indefinido

Teu exacto conhecimento impossessivo.



Criaram teu poema arquitectura

E �s semelhante a um deus de quatro rostos

E �s semelhante a um de deus de muitos nomes

Cari�tide de aus�ncia isento de destinos

Invocando a presen�a j� perdida

E dizendo sobre a fuga dos caminhos

Que foste como as ervas n�o colhidas.












Sophia Andresen

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