25.4.08
As minhas mãos estão cansadas
De construir as estradas,
Mas sem nelas viajar.
As minhas mãos estão doridas
Estão pobres e estão feridas
Mas nunca as vi roubar.
Estas mãos de cinco dedos
Sabem montes de segredos
Que nunca podem contar.
Já pegaram na espingarda
Já vestiram uma farda
Que as obrigou a lutar.
As minhas mãos libertadas
Deram às Forças Armadas
Muitos cravos encarnados
E se o País precisar
Cá estão para ajudar
Todos os necessitados.
As minhas mãos sem anéis
São pobres, mas são fiéis
E sabem o seu dever.
Já sofreram, é verdade,
Mas hoje há liberdade,
E o direito de escolher!
Do emigrante Michael Pereira, Toronto, Canadá.
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