Segundos fatais. Coirato directamente da Luz, às 20:00.
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Anónimo
disse...
Benfica sem Simão nem Luisão. Sporting com todos. O derby da capital, não é só um jogo de futebol, como o derby portuense, ontem realizado. As televisões começam logo pela manhã com programas onde figuram cachecois dos clubes, arrastam-se pela tarde com entrevistas a religiosos dos dois clubes, familiares dos jogadores e toda uma série de reportagens que mais valia estar quieto. Falta saber se a qualidade do jogo vai corresponder à espectativa criada. Mas isso são outros quinhentos. Assegurada está uma arbitragem pelo major Pedro Henriques, que consideramos o melhor árbitro português, ainda que as anteriores chefias, alegadamente corruptas do sector, o tenham classificado em 14º lugar. Ainda bem que se começa a dar valor a quem o tem, ao escolhê-lo para arbitrar este importantíssíssimo jogo. Começou agorinha.
Golo do Sporting ! A 1 minuto e 20 segundos de jogo. Liedson, pois claro, correspondendo a uma bola vinda da direita. O remate foi de cabeça, com Nelson a ver. O mar vermelho das bancadas gelou, enquanto as verduras leoninas se põem a cantar.
Este golo cedo, deu aos leões uma certa frieza que contrasta com o sobreaquecimento das águias, feridas no seu orgulho. Na verdade, para além de Rui Costa, uma verdadeira águia, os outros não passam de uns passarocos de vôos mais ou menos baixinhos. Mas ainda a procissão vai no adro.
Paulo Bento não terá feito as correcções que se impunham, perante uma vantagem no marcador, praticamente desde o início. Porque o Benfica também ligou o turbo. Os leões não resistiram a uma certa arrogância, que acabou por contribuir para o empate. Jogo na estaca zero.
As coisas começam a ficar feias sob o ponto de vista desportivo, com ameaças de agressão mútuas. Pedro Henriques impõe-se, do alto da sua patente como militar. Mostrou amarelo a Miccoli. Para já.
O Benfica reentrou cheio de pica, mas o Sporting tratou logo de pôr água na fervura. Chove. O ataque do Sporting é quase sempre mais perigoso. A ausência de Simão tira capacidade de perfuração ao ataque benfiquista.
Aos 56', Ricardo tem uma defesa espectacular, a um remate de cabeça de Miccoli, uns metros à frente. O italiano é, sem dúvida, o verdadeiro perigo no ataque benfiquista, já que Nuno gomes pouco mais gaz do que figura de corpo presente. A chuva dificulta um bocado as coisas, tornando o jogo algo aleatório. As probabilidades de fífias são mais eminentes.
Aos 66' Paulo Bento começa a fazer substituições, atendendo à pressão que a equipa benfiquista vinha fazendo, remetendo os leões à defesa. Fernando Santos também mexe na equipa, tirando o inútil Nuno e metendo Manu. Com a chuva, o jogo escorrega para o fim, mas não é líquido que se mantenha o empate.
Fernando Santos mete em jogo o último trunfo, aos 81'. Mete Mantorras para o lugar de Petit, que saiu tocado. O cansaço é visível pelo rosto dos artistas.
O jogo acaba com a vitória virtual do Porto, que apesar da derrota ontem, acabou por perder apenas um ponto. Os leões tiveram o pássaro na mão, mas a passividade de Paulo Bento deixou-o fugir. Pedro Henriques fez a arbitragem que se esperava de si. Nota máxima.
12 comentários:
Benfica sem Simão nem Luisão.
Sporting com todos.
O derby da capital, não é só um jogo de futebol, como o derby portuense, ontem realizado.
As televisões começam logo pela manhã com programas onde figuram cachecois dos clubes, arrastam-se pela tarde com entrevistas a religiosos dos dois clubes, familiares dos jogadores e toda uma série de reportagens que mais valia estar quieto.
Falta saber se a qualidade do jogo vai corresponder à espectativa criada. Mas isso são outros quinhentos.
Assegurada está uma arbitragem pelo major Pedro Henriques, que consideramos o melhor árbitro português, ainda que as anteriores chefias, alegadamente corruptas do sector, o tenham classificado em 14º lugar. Ainda bem que se começa a dar valor a quem o tem, ao escolhê-lo para arbitrar este importantíssíssimo jogo.
Começou agorinha.
Golo do Sporting ! A 1 minuto e 20 segundos de jogo. Liedson, pois claro, correspondendo a uma bola vinda da direita. O remate foi de cabeça, com Nelson a ver.
O mar vermelho das bancadas gelou, enquanto as verduras leoninas se põem a cantar.
Este golo cedo, deu aos leões uma certa frieza que contrasta com o sobreaquecimento das águias, feridas no seu orgulho. Na verdade, para além de Rui Costa, uma verdadeira águia, os outros não passam de uns passarocos de vôos mais ou menos baixinhos.
Mas ainda a procissão vai no adro.
Golo do Benfica. Aos 23', Miccoli, num remate de ressaca, muito rápido, como é seu timbre, não permitindo reacção a Ricardo.
A coisa anima.
Paulo Bento não terá feito as correcções que se impunham, perante uma vantagem no marcador, praticamente desde o início. Porque o Benfica também ligou o turbo.
Os leões não resistiram a uma certa arrogância, que acabou por contribuir para o empate.
Jogo na estaca zero.
As coisas começam a ficar feias sob o ponto de vista desportivo, com ameaças de agressão mútuas. Pedro Henriques impõe-se, do alto da sua patente como militar. Mostrou amarelo a Miccoli. Para já.
O jogo está vivinho, mas chega o intervalo.
O Benfica reentrou cheio de pica, mas o Sporting tratou logo de pôr água na fervura.
Chove.
O ataque do Sporting é quase sempre mais perigoso. A ausência de Simão tira capacidade de perfuração ao ataque benfiquista.
Aos 56', Ricardo tem uma defesa espectacular, a um remate de cabeça de Miccoli, uns metros à frente. O italiano é, sem dúvida, o verdadeiro perigo no ataque benfiquista, já que Nuno gomes pouco mais gaz do que figura de corpo presente.
A chuva dificulta um bocado as coisas, tornando o jogo algo aleatório. As probabilidades de fífias são mais eminentes.
Aos 66' Paulo Bento começa a fazer substituições, atendendo à pressão que a equipa benfiquista vinha fazendo, remetendo os leões à defesa.
Fernando Santos também mexe na equipa, tirando o inútil Nuno e metendo Manu.
Com a chuva, o jogo escorrega para o fim, mas não é líquido que se mantenha o empate.
Fernando Santos mete em jogo o último trunfo, aos 81'. Mete Mantorras para o lugar de Petit, que saiu tocado.
O cansaço é visível pelo rosto dos artistas.
O jogo acaba com a vitória virtual do Porto, que apesar da derrota ontem, acabou por perder apenas um ponto.
Os leões tiveram o pássaro na mão, mas a passividade de Paulo Bento deixou-o fugir.
Pedro Henriques fez a arbitragem que se esperava de si. Nota máxima.
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